terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Abertas inscrições para novos cursos de medicina em 39 cidades

Estão abertas inscrições para que mantenedoras de instituições de ensino superior (IES) proponham a criação de cursos de medicina em 39 municípios com mais de 70 mil habitantes. É o primeiro edital que segue os moldes previstos pelo Programa Mais Médicos, que pretende aumentar as vagas nos locais carentes de médicos. 

As inscrições poderão ser feitas até o dia 23 de janeiro. Nenhuma das cidades determinadas na chamada pública tem curso de medicina. O Ministério da Educação levou em conta a necessidade social do curso, a estrutura da rede de saúde para as atividades práticas e a capacidade para abertura de programa de residência médica.

Entre os critérios para a seleção das IES que poderão abrir cursos de medicina estão os valores previstos para investimento na rede local de saúde e também a previsão de implantação de um programa de residência médica para garantir a especialização dos profissionais após o fim da graduação.

Serão também critérios de avaliação a saúde financeira da instituição, uma boa nota no MEC nos cursos que já estejam em funcionamento e ainda o volume de adesão ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni), medidas consideradas essenciais pelo governo para fazer com que o curso seja acessível aos estudantes de baixa renda.

Depois da inscrição, o Ministério da Educação fará visitas às IES e mantenedoras inscritas para verificar se a instituição tem condições de abrir o curso de medicina. Só podem apresentar propostas as mantenedoras legalmente constituídas no país que tenham, pelo menos, uma instituição de ensino credenciada integrante do sistema federal.

Cidades do interior

O Brasil tem 21.674 vagas autorizadas para cursos de medicina. Deste total, 11.269 estão no interior e 10.045 em capitais. Entre as 39 cidades contempladas na chamada pública, nenhuma é capital.

Segundo o governo brasileiro, faltam médicos no país e por isso há tantas regiões sem assistência desses profissionais. Para suprir essa carência, em junho de 2013, foi criado o Programa Mais Médicos, que até agora levou cerca de 14 mil médicos, na maioria cubanos, para regiões necessitadas, e que também prevê que novos cursos de medicina só serão abertos com o lançamento de edital pelo governo, determinando os locais onde há interesse em ter mais profissionais.

A meta do governo é criar, até 2018, mais 11,5 mil vagas de graduação em medicina e 12,4 mil de residência médica, com o foco nas áreas prioritárias para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Veja os municípios contemplados no edital, por unidades da Federação: Na Bahia (Guanambi, Juazeiro, Alagoinhas, Eunápolis, Itabuna e Jacobina), no Espírito Santo (Cachoeiro de Itapemirim), em Minas Gerais (Contagem, Passos, Poços de Caldas e Sete Lagoas), no Pará (Tucuruí), em Pernambuco (Jaboatão dos Guararapes), no Paraná (Campo Mourão, Guarapuava, Pato Branco e Umuarama), no Rio de Janeiro (Angra dos Reis e Três Rios), em Rondônia (Vilhena), no Rio Grande do Sul (Erechim, Ijuí, Novo Hamburgo e São Leopoldo), em Santa Catarina (Jaraguá do Sul) e em São Paulo (Araçatuba, Araras, Bauru, Cubatão, Guarujá, Guarulhos, Jaú, Limeira, Mauá, Osasco, Piracicaba, Rio Claro, São Bernardo do Campo e São José dos Campos.

Fonte: Agência Brasil

Violência contra a mulher ultrapassa as barreiras de classe

"De trabalhadora arrastada a presidenta xingada, 2014 expôs condição da mulher", denunciou a pesquisadora Flávia Rios, em entrevista à Radioagência BdF, ao analisar as relações de gênero e o que houve de mais marcante em 2014. Doutora em sociologia pela USP, ela explica que a violência contra a mulher ultrapassa as barreiras de classe. 

De acordo com a pesquisadora, a atual conjuntura reflete um avanço dos setores mais conservadores. As cenas de violência e intolerância se multiplicam e têm como alvo os mesmos grupos oprimidos historicamente, entre eles as mulheres. 

Acompanhe a entrevista:

Radioagência BdF: Flávia, falando em conquistas e violações de direitos, que fatos marcaram 2014 para as mulheres?
Flávia Rios: Eu tenho algumas imagens que me marcaram em relação às mulheres nesse ano. Imagens que me chocaram. Uma delas foi o caso da Cláudia, o assassinato dela. Uma mãe de quatro filhos, uma trabalhadora arrastada. Essa eu acho que foi a cena mais marcante de 2014. Especialmente porque simboliza as condições de opressão da mulher negra, pobre, que vive na favela. As condições intercruzadas e o tipo de morte chocaram o Brasil e o mundo, e mobilizou os movimentos sociais. Muitos coletivos se organizaram a partir de Cláudia. Por outro lado, do ponto de vista legal, as pessoas responsáveis estão na ativa.

Um segundo caso foi o da abertura da Copa do Mundo, os xingamentos que a presidente recebeu. Xingamentos feitos em português, inglês, e que remontam a dimensão dos estereótipos da mulher e reduzem a figura da mulher mesmo em uma posição super elevada. Eu falei inicialmente de um caso de uma mulher em uma posição fragilizada na sociedade e agora uma chefe de Estado também vivenciando uma experiência de um estupro coletivo e simbólico, tendo sua imagem, sua figura, sendo ridicularizada e sexualizada o tempo todo por xingamentos que até então nunca se tinha ouvido na história do país para se referir a uma pessoa que ocupava uma posição mais elevada do Executivo. Então, são imagens simbólicas que marcam duas dimensões. Uma dimensão na base da pirâmide social e outra também em uma dimensão mais elevada em termos de política.

Radioagência BdF: A subrepresentatividade no Congresso Nacional é mais um exemplo de como se dá discriminação de gênero?
FR: É a primeira vez que a lei eleitoral de cota mínima de 30% para mulheres se faz efetiva, e os partidos com medo de sanção tentam colocar mulheres para se candidatar. Então, teve um incremento no número de mulheres que se candidataram, isso é positivo e diz respeito a uma conquista dessas mulheres, e também por sua vez teve uma melhor representação nesses cargos legislativos quando comparados a 2010. Ainda que os dados sejam bastante alarmantes. Hoje nós temos uma mulher para cada 10 deputados federais.

Radioagência BdF: Por que a violência seja física, sexual e psicológica ainda faz parte da nossa realidade?
FR: Primeiro, diz respeito ao estímulo que a cultura brasileira constrói o tipo de masculinidade. As relações de gênero no Brasil perpassam por dimensões culturais, educacionais, de formação, mas você encontra padrões comportamentais em todas as classes sociais. Mas o comportamento violento masculino é algo marcante em todas as classes sociais, independentemente de escolaridade. Eu acho que diz respeito à forma como cultura machista e patriarcal é construída e o lugar da mulher. Espera-se que mulheres estejam em certos lugares. E por mais que hoje no Brasil tenhamos mulheres que estudam mais, mulheres têm mais anos de escolaridade, esse incremento educacional não corresponde a um aumento equivalente do seu salário, nem mesmo das suas posições no mercado de trabalho.

Radioagência BdF: Em termos de políticas públicas para a igualdade de gênero, que avanços são necessários para os próximos anos?
FR: Do ponto de vista das mulheres são as conquistas no que diz respeito a autonomia do corpo. Essa é uma das principais lutas, bandeiras, marchas. A defesa do aborto. Essa é uma pauta muito significativa porque diz respeito a autonomia da mulher e a possibilidade de ela decidir. Outras conquistas dizem respeito à luta por representação política. Muitas pautas femininas e feministas não conseguem avançar no Executivo e no Legislativo justamente porque somos mal representadas. Uma representação maior das mulheres, conquistas via partido, de forma partidária, mas também dos movimentos sociais e articulação podem promover e garantir melhorias nas condições das mulheres, que dizem respeito a questão da violência, do parto, da saúde, do tratamento e também da representação nos meios de comunicação, porque esse também é um dos vetores da má representação das mulheres e estímulo a comportamentos masculinos absolutamente violentos.

Radioagência BdF: Entre os fatos positivos de 2014 (se eles existem), o que você ressaltaria em relação às mulheres?
FR: Eu gostaria de marcar um evento super significativo que aconteceu nesse período que é a memória de uma escritora muito influente no seu período, que conseguiu reconhecimento internacional, que foi Carolina Maria de Jesus. Os movimentos sociais ergueram essa mulher e a produção e reflexões dela, e trouxeram os centenários espalhados Brasil afora, mostrando o vigor da mobilização coletiva no que diz respeito à reconstrução da memória e da produção de discursos das mulheres no Brasil.

Aldo Rebelo inaugura Centro de Formação Olímpica no Ceará

O governador do Ceará, Cid Gomes, entrega nesta terça-feira (30), às 18 horas, a primeira etapa do Centro de Formação Olímpica (CFO), em Fortaleza, capital do estado. A cerimônia de descerramento da placa contará com a presença do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e do ginasta Arthur Zanetti, que fará uma apresentação no local. A inauguração do equipamento, que estava prevista para o final de 2014, foi adiada para março de 2015. 

O descerramento da placa de inauguração será realizado no Prédio Principal, que abriga o hotel para 248 pessoas, a “Sala das Federações”, e toda a estrutura de suporte para as equipes técnicas e atletas. Lá o medalhista olímpico e campeão mundial de ginástica, Arthur Zanetti, fará uma apresentação especial nas argolas do novo equipamento.

O ministro, o governador e o secretário Especial de Grandes Eventos Esportivos, Ferruccio Feitosa, conduzirão a imprensa a uma visita guiada pelas instalações do CFO, com espaços para pista de atletismo, piscinas, salas médicas, quadras, áreas de ginástica, lutas e academia.

“O CFO é o único equipamento no Brasil que contempla 26 modalidades olímpicas num mesmo ambiente. Ele chega com a missão de elevar a capacidade do Estado em sediar grandes eventos esportivos, além de servir para a formação de atletas para competições nacionais e internacionais, bem como receber delegações visando a preparação de atletas para os Jogos Olímpicos do Rio 2016. Tenho certeza de que este será o primeiro passo para um novo momento do esporte no Ceará”, afirma Ferruccio Feitosa.

Legado das Olimpíadas

O CFO é uma parceria do Governo do Ceará com o Governo Federal e faz parte do Plano Brasil Medalhas, com financiamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). O complexo vai integrar a Rede Nacional de Treinamento, principal projeto de legado dos Jogos Olímpicos de 2016 para a infraestrutura do esporte brasileiro, e foi a primeira obra no estado contratada sob o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) – modalidade de licitação criada para maior eficiência de contratações públicas e aumento de competitividade entre fornecedores.

Com área total de 85.922,12 m², o CFO será um dos mais modernos complexos esportivos do Brasil, com espaço para diversas modalidades olímpicas e não olímpicas. O CFO é composto de piscina olímpica e de salto ornamental, campo e pista de atletismo, pistas de skate e BMX, quadras de vôlei de praia e de tênis (piso rápido), edifício de treinamentos com sala de lutas, espaço para ginástica olímpica e rítmica, academia, refeitório, sala das federações.

O CFO possui também uma passarela interligando-o à Arena Castelão, hotel para 248 atletas e um ginásio climatizado para receber eventos de até 21 mil pessoas, com arquibancada retrátil, telão de quatro faces, camarotes, bares e estúdios de TV.

Da Redação em Brasília
Com agências

Promoção do Brasil por meio da cultura será reforçada em 2015

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados destinou para a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) um total de R$5 milhões para incrementar a divulgação do Brasil como destino turístico de cultura durante o ano de 2015. A presidente da comissão, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), destacou a importância da emenda para fortalecer o trabalho que a Embratur realiza no exterior.

"O objetivo é ampliar o conhecimento do mundo acerca da cultura brasileira, destacando o modo de viver da população, a literatura, os museus, os filmes, a música e as festas que celebram a brasilidade", complementou Alice Portugal. 

O presidente da Embratur, Vicente Neto, reforça a opinião da parlamentar."A diversidade cultural brasileira é um dos atrativos mais requisitados pelos visitantes internacionais que desembarcam no País e este reforço no orçamento nos permitirá potencializar a divulgação do segmento para o mundo", disse.

"A Embratur investe na cultura como fator diferencial no mercado turístico mundial e trabalha para aperfeiçoar a difusão do segmento como uma ferramenta de promoção do País no exterior", explicou o presidente.

Uma pesquisa realizada pela Embratur mostrou que a principal atividade de lazer do turista que veio para a Copa das Confederações, em junho de 2013, foi cultural e que, entre um jogo e outro, o estrangeiro optou por visitar museus, monumentos e bairros históricos.

O estudo revelou ainda que os bairros históricos foram procurados por 50,8% dos visitantes estrangeiros. Em segundo lugar, com 39,5%, estão os museus, casas de cultura e exposições. Cerca de 39% dos turistas estrangeiros fizeram passeios em monumentos. Os shows e espetáculos foram assistidos por 15,5%.

Fonte: Portugal Digital

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Garrafa Vazia lança música inédita

HARD ROCK NO PESQUEIRO É O SINGLE DE ESTRÉIA DO DISCO "BACK TO BACANA" DA BANDA RIOCLARENSE
Hard Rock no Pesqueiro é a nova música do Garrafa Vazia, grupo rioclarense que completou meia década de existência.
O som traz a singular sonoridade do Garrafa, aliando a energia do punk rock 77 com temática prosaico-irônica.
O refrão contou com a participação de nomes atuantes no underground do interior paulista: Hugo Brito (Hippies not Dead, formado em 1995) e Matheus Campos (Krokodil). Tabata Guimarães também canta o refrão ao lado da banda.
O tema fará parte do disco "Back to Bacana", gravado em uma tarde no estúdio da produtora audiovisual independente Pé de Macaco S/A, sediada em São Carlos.
Conta com oito músicas inéditas, e tem o lançamento previsto para o início de 2015.
Ouça "HARD ROCK NO PESQUEIRO" no link: https://www.youtube.com/watch?v=27dgiwgdKMA

Brasil tem maior sistema público de transplantes do mundo

O país se tornou detentor do maior sistema público de transplantes de órgãos do planeta. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2001 e 2013, a quantidade deste tipo de procedimento mais que dobrou na rede pública, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo dados da pasta, foram realizados 10,9 mil transplantes no Brasil, em 2001. Em 2013, foram 23,4 mil cirurgias. Os transplantes mais realizados no País são os de rim, córnea, medula óssea e fígado.
Somente em 2013, foram 5,2 mil transplantes de rim, 13,7 mil de córnea, 2,1 mil de medula óssea e 1,7 mil de fígado.
O aumento dos transplantes é reflexo, também, do crescimento de doadores efetivos no Brasil. O total de doadores de órgãos passou de 1,8 mil, em 2010, para 2,5 mil, em 2013.
Além disso, a lista de espera para o transplante de córnea foi zerada em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. No Distrito Federal e no Mato Grosso, a lista de espera está com poucos nomes e, em breve, deverá ser zerada.
Para o transplantado José Amora da Silva, de 68 anos, ainda é preciso conscientizar a população brasileira sobre a importância da doação de órgãos. Ele fez o transplante de rim, em novembro de 2011, após seis meses de espera.
Apesar de estar feliz por ter recebido um novo órgão rapidamente, José diz ter uma queixa após o transplante. “Eu queria muito agradecer à família do meu doador, mas eu não sei quem é”, lamenta Silva.
Com o intuito de realizar a conscientização dos brasileiros, o Ministério da Saúde tem feito campanhas constantes sobre a importância de avisar a família sobre o desejo de ser doador.
Para ser doador, não é necessário deixar nada por escrito, apenas alertar a família. Para reforçar a campanha, o Ministério da Saúde lançou, em setembro, um aplicativo no Facebook, onde é possível ao cidadão se declarar doador.
Com as declarações na rede social, o Sistema Nacional de Transplantes criará um banco informal de doadores. Em 2012, o Facebook apoiou a campanha do Ministério da Saúde e, com isso, mais de 530 mil pessoas se declararam doadoras de órgãos.


Fonte: Agência PT

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Bolsonaro não pode ficar impune

Em pleno Congresso Nacional, o deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ), declarou nesta terça-feira (9) que só não estupra a deputada federal Maria do Rosário (PT/RS) porque “ela não merece”. Em outras ocasiões Bolsonaro já defendeu a tortura e atacou negros e homossexuais. Ficará mais uma vez impune?

Por Wevergton Brito Lima*, para o Portal Vermelho


Quo usque tandem abutere, Catilina, patientia nostra? Quam diu etiam furor iste tuus eludet?
Marcus Tullius Cícero


Substituindo o nome de Catilina por Bolsonaro, fica perfeito o desabafo que, na Roma antiga (63 AC.) Cícero dirigia ao senador Catilina, conhecido por sua crueldade e corrupção: “Até quando, Bolsonaro, abusarás da nossa paciência? Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?”

Bolsonaro não afronta apenas a esquerda, como pretendem alguns de seus fãs. Bolsonaro afronta valores básicos do processo civilizatório que, uma vez destruídos, irão conduzir à barbárie.

Muitos subestimam o perigo e acreditam que Bolsonaro seja apenas uma personagem folclórica do anedotário político que, com seu ódio cego e sua ignorância, encarna uma atitude “antipolítica”, hoje em dia muito em voga.

Engana-se de forma aguda quem pensa assim. Bolsonaro não é uma personagem folclórica. Disputa e forma opinião e, portanto, poder. Foi o deputado federal mais votado do estado do Rio de Janeiro com mais de 460 mil votos e ainda elegeu o filho Eduardo deputado federal por São
Paulo e outro filho, Flávio, deputado estadual no Rio de Janeiro.

Bolsonaro não fala à toa. Ele representa a vanguarda, a ponta de lança do que há de mais corrupto, sujo e reacionário na política brasileira.

Em um hipotético governo “bolsonariano”, qualquer um que desafiasse a opinião oficial, ou sonhasse em fazer oposição ou mesmo uma simples denúncia sobre desvio ou corrupção enfrentaria a tortura e a morte, como aliás ele mesmo admite ao defender a tortura e os assassinatos políticos, como fez mais de uma vez.

Muitos dos que pensam como Bolsonaro saíram do poder em nosso país há menos de 30 anos. Ou seja, ontem, em termos de tempo histórico. É, assim, natural que estas ideias autoritárias recentemente derrotadas busquem seus representantes ainda hoje. Portanto, é possível compreender que mesmo na segunda década do século 21 encontremos pessoas como Bolsonaro. Mas, convenhamos, a desenvoltura de sua ação criminosa, no entanto, é um escândalo!

Ação criminosa é sim a expressão correta, pois diante do ordenamento jurídico brasileiro é proibido fazer apologia à violência contra pessoas, por raça ou gênero. É proibida também a discriminação racial (ou de gênero, etc.).

Imaginemos a seguinte cena: um palestrante diante de uma plateia qualquer diz que Hitler matou poucos judeus. Admitamos que este alucinado hipotético diga mais: que os judeus deveriam mesmo ser mortos, pois são nocivos. E indo ainda mais longe, o nosso louco “inventado” diria que o Brasil errou ao acabar com a escravidão e que o professor sentado ao seu lado, negro, deveria ser açoitado. É de se esperar que este indivíduo muito justamente saísse algemado da palestra, o que provavelmente aconteceria. Creio que em um exemplo como este ninguém arguiria em favor do mentecapto a defesa da liberdade de expressão, pois todos sabem que liberdade de expressão não é passaporte para o crime.

Pois bem, qual é exatamente a grande diferença entre o insano que citei acima e Bolsonaro?

Por diversas vezes Bolsonaro pregou o fechamento do Congresso e defendeu a censura, a prisão e a tortura como métodos de governo.

Seu filho Eduardo (deputado federal), em recente ato contra a presidenta Dilma em São Paulo, exibiu um revólver na cintura, o que também é contrário à lei, que não permite manifestações armadas.

Em famosa entrevista a Preta Gil em 2011, perguntado sobre o que faria se um de seus filhos se apaixonasse por uma negra, Jair Bolsonaro declarou: “Não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como lamentavelmente é o seu”, aproveitando também a ocasião para destilar sua biles contra os homossexuais. Na época o Vermelho publicou um artigo sobre o fato.

Inimigo declarado dos direitos humanos, Bolsonaro parece não ter limites, agora declarou em pleno Congresso, dirigindo-se à ex-ministra de Direitos Humanos e deputada federal Maria do Rosário, que só não a estupraria “porque você não merece”.

Além da intolerável ofensa a uma mulher, o que em qualquer outro ambiente seria motivo de revolta e sanções, Bolsonaro revelou duas novas facetas de sua doentia personalidade: para ele existem mulheres que “merecem” ser estupradas, e ao usar o verbo “merecer” em um sentido positivo (pois sua clara intenção no caso foi insultar a deputada) ele também revela que o estupro pode ser uma coisa boa, inclusive digna de ser vista como uma recompensa desde que a mulher faça por “merecer”.

Tão escandalosa quanto a persistente impunidade do criminoso Bolsonaro é a omissão da mídia hegemônica. No momento em que escrevo este artigo (22h30m do dia 9), nem o site da UOL (Folha), nem o G1 (Globo) dão qualquer destaque à matéria. Já abordei este aspecto da questão em 2011 quando o jornal O Globo se solidarizou com Bolsonaro no episódio da Preta Gil.

Mais escandaloso ainda será se os democratas não se indignarem e tomarem medidas práticas. Em nome da bancada do PCdoB, a deputada Jandira Feghali fez incisivo pronunciamento, anunciando que a bancada pedirá a cassação do mandato de Jair Bolsonaro.

A correta imunidade de opinião que protege os parlamentares não pode servir de pretexto para que Bolsonaro possa seguir impune diante das leis que transgride, muito menos usando a bandeira da defesa da liberdade de expressão, bandeira com a qual ele manifestamente não tem o mínimo compromisso.

A conquista de mais de 460 mil votos por Bolsonaro na última eleição não deixa, contudo, de ser um poderoso sinal de alerta para o campo popular e democrático sobre os valores em disputa na sociedade, ainda mais quando se sabe que parte significativa desses votos são justamente daqueles que, em um eventual governo ao estilo Bolsonaro, seriam os primeiros alvos de seu ódio desenfreado (pobres, negros, mulheres, etc.). A mídia hegemônica, que pretende ter sempre a extrema-direita à mão para quando precisar de uma tropa de choque em defesa de seus interesses, a tudo isso minimiza e acoberta, sendo nesta área raras as vozes que manifestam o pedido de justiça. Como diria Cícero: O tempora, o mores!


* Wevergton Brito Lima é jornalista, Secretário Estadual de Comunicação do PCdoB-RJ e membro da Comissão Nacional de Comunicação do PCdoB

Lugar de Mulher é na Política e Onde Ela Quiser!

O que está acontecendo com o Congresso Nacional Brasileiro? A completa ausência de ética advinda do conhecimento sem a luz da razão. Os falsos profetas passeiam pelo plenário e utilizam a palavra para ferir e desmoralizar a imagem das mulheres representada pela bancada feminina que ora está em minoria naquela casa.

Por Fátima Teles*, para o Portal Vermelho

Na página do Jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, pela internet, no item notícias-política, de 9 de dezembro de 2014, é relatada uma parte do discurso do deputado Bolsonaro (PP-RJ) onde ele agride com palavras a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).

Segue relato:

“O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) voltou a causar polêmica nesta terça-feira. Durante sessão no Congresso Nacional que tratava dos Direitos Humanos, ele se irritou com a deputada Maria do Rosário (PT-RS) que, segundo ele, deixava o plenário durante seu discurso e disse que não iria estuprar a petista porque ela não merece”.

“Fica aí, Maria do Rosário. Há poucos dias tu me chamou de estuprador no salão verde e eu falei que não iria estuprar você porque você não merece. Fica aqui para ouvir”, disse Bolsonaro.

Esta declaração durante uma sessão numa casa de representantes do povo brasileiro, além de ser desrespeitosa é também humilhante, pois rebaixa a mulher brasileira numa tentativa de mostrar a força, instigar a violência contra a mulher, e revela o machismo.

Nós sabemos que a política é formadora de opinião e influenciadora da cultura e educação. Que país queremos para a juventude que ora está nas escolas e universidades? Qual exemplo está sendo dado para contribuir com a desigualdade de gênero? É esse o exemplo que queremos? Que sociedade estamos plantando? A sociedade do crime? Caminhamos para onde? É uma guerra civil nos moldes dos bárbaros? Como podemos confiar a criação e a implementação de leis por aqueles que faltam com o decoro parlamentar no seu ambiente de trabalho?

É preciso refletir profundamente sobre o que acontece hoje no Brasil, pois o mesmo caminha para o nazi-fascismo de forma simpática e se isso vier a se consolidar será o maior retrocesso da história de nosso país e nós assistiremos em silêncio, sendo vítimas também dos algozes vorazes e ávidos de sangue e morte.

Há uma semana, no dia 2 de dezembro, durante sessão no Congresso Nacional que debatia a nova meta para o superávit primário, manifestantes protestavam na galeria do plenário, com palavras de baixo calão dirigidas à senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).

Segue relato da entrevista com a senadora Vanessa Grazziotin ao portal Fórum, realizada por Maíra Streit:

“Na terça-feira (2), durante sessão no Congresso Nacional que debatia a nova meta para o superávit primário, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi ofendida por manifestantes da oposição com insultos machistas. Enquanto discursava, a parlamentar foi chamada de ‘vagabunda’ por pessoas que protestavam nas galerias do plenário.

Grazziotin defendeu a revisão da meta do superávit e disse que a medida já foi feita durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo ela, o projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias seria uma maneira de evitar o crescimento do desemprego no Brasil e a paralisação de programas sociais importantes para a população.

Segundo a senadora ‘Isso não atinge apenas uma senadora, uma mulher, uma parlamentar, mas atinge o próprio processo democrático’, afirmou em entrevista à Fórum”.

O número de mulheres na política aumentou em 2014, mas ainda é um número pequeno em relação aos homens que lá estão. Segundo a revista Carta Capital em pesquisa realizada pela Jornalista Maíra Kubík, Na primeira eleição em que as cotas de 30% para cargos proporcionais (lei 9.504/1997) foram cumpridas, tanto para deputada federal quanto para estadual, as mulheres ampliaram ligeiramente sua participação no Congresso Nacional.

Agora, elas somam 51 deputadas federais, enquanto em 2010 eram 45, num total de 513 cargos. Ou seja, aumentaram de 8,9% para 10%:

Já no Senado – que por ser um cargo majoritário não está contemplado na lei de cotas –, dos 27 eleitos, cinco são mulheres, ou 19%. O dado representa um crescimento em relação a 2010, quando o número de eleitas ficou em 12%. No total de 54 senadores, temos agora 12 mulheres e 42 homens.

Mesmo tendo aumentado o número de mulheres na política, o senado está com 22% de senadoras enquanto 78% são senadores.

É preciso que a educação seja vista com seriedade de fato nesse país , pois ela é a diretriz de toda a sociedade e através dela o povo tomará consciência de seu papel como agente construtor da nação para dar poder a cidadãos e cidadãs que possam representá-los com seriedade e compromisso com o exercício da cidadania.

É preciso a reforma política para que as três esferas de governo possam extirpar de suas casas aqueles e aquelas que não se enquadram com o que está expresso na Constituição de 1988, em seu tão decantado Artigo 5º, que diz: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. E no seu inciso I, que diz : Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.

Mulheres de todo o Brasil, uni-vos!

“Nós podemos muito, nós podemos mais, vamos lá fazer o que será” (Gonzaguinha).


Fonte :
http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/543586/Nao-vou-estuprar-voce-porque-voce-nao-merece,-diz-Bolsonaro-a-Maria-do-Rosario
http://mairakubik.cartacapital.com.br/2014/10/06/cresce-o-numero-de-mulheres-no-congresso-nacional-mas-nenhuma-governadora-e-eleita/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/12/vanessa-grazziotin-comenta-confusao-congresso-apos-ser-chamada-de-vagabunda-por-manifestantes/


*Fátima Teles é assistente social e colaboradora do Portal Vermelho

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Sábado tem “O Messias” e “Jazz in Duo” no Natal Luz

A programação Natal Luz, em Rio Claro, tem duas apresentações musicais no sábado (5). O oratório “O Messias” e “Jazz in Duo” são as atrações do dia, levando ao público o espírito de harmonia e amizade que predomina nesta época do ano. Os eventos têm entrada gratuita.

“O Messias”, de Händel, será apresentado às 19 horas na Igreja do Imaculado Coração de Maria (Rua M-7 entre avenidas M-23 e M-25, Jardim Hipódromo). A apresentação será feita pela Orquestra Sinfônica de Rio Claro com o Coral Municipal “O Mensageiro” e os corais de Americana: EduCantare, Vocalis, Unimed e Unicred. Solistas, coro e orquestra prometem emocionar o público com interpretações em português desta que é a mais famosa obra de Händel.
No Casarão da Cultura, às 20h30, Jair Pires (violão e solo) e Gésner Nascimento (bateria) apresentam “Jazz in Duo”. A apresentação está marcada para as 20h30, com o melhor do jazz. Músicos experientes, os artistas acumulam vivência na área musical. O violonista Jair Pires tem em sua formação música brasileira, jazz e música clássica, já tendo feito arranjos para diversos cantores e grupos de música popular. Gésner Nascimento tem em sua formação influências do jazz, funk, fusion, música latina e rock. Além do duo de jazz, também já participou de trio de jazz com baixo, bateria e guitarra e de bandas de pop rock, rock, samba e baile.  O Casarão da Cultura fica na Avenida 3 esquina com a Rua 7, Centro.

A programação do Natal Luz tem intensa programação cultural até dia 22 de dezembro.  Música, encenação teatral, exposições e muitas outras atrações estão no calendário natalino rio-clarense, com apresentações gratuitas para toda a comunidade.

Governos do PSDB em São Paulo. PF acusa 33 de integrar cartel de trens. No jornal Folha de São Paulo. É difícil ver o PSDB em manchetes sempre está escondido no texto. É triste!

PF acusa 33 de integrar cartel de trens em SP

Eduardo Knapp - 23.ago.13/Folhapress
A Polícia Federal concluiu a investigação sobre o cartel de empresas que fraudou licitações de trens em São Paulo entre 1998 e 2008, em governos do PSDB, e indiciou o presidente da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Mário Manuel Bandeira, por suposto envolvimento no esquema. 
Também foram indiciados o atual gerente de Operações da CPTM, José Luiz Lavorente, e ex-diretores da companhia de trens, como João Roberto Zaniboni e Ademir Venâncio de Araújo, que tiveram valores encontrados na Suíça, como informou o "Jornal Nacional", da TV Globo, nesta quinta-feira (4). 
Ao todo, a PF acusou 33 pessoas de participação em crimes de corrupção ativa e passiva, formação de cartel, crime licitatório, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. 

Na lista de acusados estão ex-diretores das empresas Siemens, Alstom, CAF, Bombardier, Daimler-Chrysler, Mitsui e TTrans. Um deles é Adilson Primo, que presidiu a Siemens de 2001 a 2011. 
O consultor Arthur Gomes Teixeira é acusado de ser o intermediário do pagamento de propina das empresas para os servidores públicos. 
O suborno era pago para que as companhias fossem favorecidas em licitações e contratos públicos, segundo a Polícia Federal. 
O relatório encerra o inquérito relativo a suspeitos que não ocupam cargos políticos e que não possuem foro privilegiado, como informou o jornal "O Estado de S. Paulo" nesta quinta-feira. 
Agora o trabalho será encaminhado ao Ministério Público, que poderá pedir a realização de novas diligências, apresentar denúncia contra os acusados ou pedir à Justiça que o caso seja arquivado. 
O inquérito foi aberto em 2008 e ganhou impulso em 2013 quando a Siemens realizou uma delação premiada ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). 
A multinacional alemã contou às autoridades que participou de um cartel com empresas do setor de trens e o grupo fraudou licitações do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) de 1998 a 2008. 
Um dos acusados é João Roberto Zaniboni, que foi diretor de Operação e Manutenção da CPTM de 1999 a 2003. 
Ele já estava indiciado desde o ano passado sob a acusação de ter mantido o valor de US$ 836 mil (cerca de R$ 2,2 milhões) em conta na Suíça, que seria resultante do pagamento de propinas. 
A apuração relativa ao suposto envolvimento de políticos no esquema foi desmembrada do inquérito e está em curso no STF (Supremo Tribunal Federal), em razão da regra do foro privilegiado para congressistas. 
Os deputados federais José Aníbal (PSDB-SP) e Rodrigo Garcia (DEM-SP) são os investigados no STF . Eles negam qualquer ligação com as empresas do cartel de trens.



quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Deputada comemora registros de expressões culturais pelo Iphan

Tem grande significado o Estado brasileiro reconhecer essas manifestações como forma de expressão da cultura brasileira”, disse a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) em sua saudação ao Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na reunião que aprovou o registro do Maracatu Nação, do Maracatu Baque Solto e do Cavalo-Marinho como Patrimônio Cultural do Brasil. O pedido de inclusão foi feito pela Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco. 


“É papel de todos nós fazer valer a identidade do povo brasileiro e estejam certos que essa decisão terá como rebatimento o fortalecimento dessas expressões”, continuou Luciana, para quem a manutenção dessas expressões culturais é fruto da perseverança e do esforço daqueles que fazem a cultura permanecer viva, cuidando e passando as tradições através das gerações. 

Ela citou como exemplo o mestre Salustiano, em seguida saudou seu filho Manoelzinho Salustiano, que também estava presente à reunião, além do mestre Grimário e Fábio Sotero, representantes dos maracatus e do cavalo-marinho. 

“Sou testemunha do quanto esses homens e mulheres persistem e procuram fazer valer essa tradição com a força da sua paixão, das suas convicções, das suas ideias”, comentou.

A deputada, que é presidenta da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura, também parabenizou o secretário Marcelo Canuto pelo trabalho e pelo esforço e lembrou o empenho do ex-governador Eduardo Campos (falecido) para a manutenção das tradições culturais. 

“Há um patrimônio e uma cadeia cultural muito rica em torno dessas expressões que foram aprovadas hoje por esse conselho. Por isso vamos comemorar esse momento com muita alegria, pelo fato histórico que é, e por tudo que representa para nós pernambucanos e brasileiros”.

A 77° reunião do Conselho Consultivo começou nesta quarta-feira (3) e prossegue hoje (4) na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Também estão sendo analisados registros como Patrimônio Cultural da Tava Miri dos M’bya Guaranis e do Sitio São Miguel das Missões no Rio Grande do Sul. 

Poderão ser tombados, ainda, a Coleção Geyer, do Museu Imperial de Petrópolis (RJ), o Acervo do Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte (MG) e o Terreiro Zogbodo Male Bogun Seja, de Cachoeira (BA).

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que avalia os processos de tombamento e registro, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 23 conselheiros que representam instituições como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), a Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus (Ibram), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e mais 13 representantes da sociedade civil, com conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

Da Redação em Brasília
Com informações da Ass. Dep. Luciana Santos

Dilma: “É preciso respeitar as escolhas legítimas da população”

A presidenta Dilma Rousseff declarou nesta quinta-feira (4), durante a assinatura com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do contrato para construção de um novo sistema de abastecimento de água para a região metropolitana da capital paulista, que "é preciso respeitar as escolhas legítimas da população".


Dilma ressaltou que as diferenças partidárias entre o governo federal e administração de São Paulo, comandados por PT e PSDB respectivamente, ficaram para trás com o fim da eleição. “Durante a campanha é natural divergir, criticar e disputar, e mesmo, em alguns momentos, é compreensível que as temperaturas se elevem. Mas temos que respeitar as escolhas legítimas da população brasileira”, pontuou.

A presidenta salientou ainda que esse é o caminho de um país que preza a democracia e as relações republicanas. “E essas escolhas legítimas, num país que preza a democracia, que está em processo, inclusive, de construir cada vez mais e de aprofundar a sua democracia que está ficando cada vez mais madura”, disse a presidente.

“Vou dar sequência à forma de relacionamento que construímos ao longo de quatro anos do meu governo e do governador Alckmin em São Paulo”, pontuou a presidenta, destacando a união entre os governos federal e estadual para enfrentar a crise hídrica na maior cidade do país. “Não é possível o Brasil ter uma situação ameaçando a capital do maior estado do país e a maior cidade da América Latina, por isso estamos aqui fazendo esta parceria, que é feita em beneficio não só da população da cidade, do estado de São Paulo, mas em benefício de toda a população brasileira, uma vez que temos um processo no Brasil em que cada estado depende do crescimento dos outros para ter mercado interno, uma política industrial, um desenvolvimento agrícola compatível com a prosperidade do país”, disse Dilma.

A presidenta Dilma disse ainda que os contratos assinados representam “um excelente exemplo de cooperação federativa entre o governo federal e o estadual”. A parceria reforça o compromisso assumido pela presidenta em seu pronunciamento após a confirmação de sua reeleição, dia 26 de outubro, de promover o diálogo pelo bem do Brasil.

Republicano e louvável

O governador tucano Geraldo Alckmin também ressaltou que, passado o período eleitoral, é preciso trabalhar pela população. “Eu acho que esses princípios, do interesse público, devem servir para unirmos esforços para fazer mais. Tenho certeza que esse bom diálogo e o bom trabalho com o governo vão continuar e quero reconhecer e agradecer o esforço da presidenta Dilma, republicano e louvável, na análise desses projetos técnicos extremamente importantes para os brasileiros de São Paulo”, afirmou.

São Paulo recebe R$ 2,6 bilhões 
O contrato assinado prevê, entre outras ações, a ampliação do sistema de abastecimento de água São Lourenço para mais sete cidades da região metropolitana de São Paulo. O governo federal participa, por meio da Caixa Econômica Federal, em uma parceria público-privada. A obra vai custar R$ 2,6 bilhões e deve ser entregue em meados de 2017. A Caixa entra com R$ 1,8 bilhão.

A obra vai beneficiar 1,5 milhão de pessoas em sete municípios da parte oeste da região metropolitana de São Paulo e deve reduzir a dependência dos outros sistemas, entre eles o Cantareira, que está em colapso devido à falta de chuva. A obra está em andamento e deverá ser concluída em meados de 2017.

O outro convênio assinado visa à expansão da linha 9 do metrô, para a estação Grajaú-Varginha, obra estimada em R$ 630 milhões, sendo que R$ 500 milhões são provenientes de recursos do orçamento federal.

Fonte: Agência Brasil e Blog do Planalto

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Uruguai elege Tabaré Vázquez

Candidato da esquerda foi o mais votado do País nos últimos 70 anos
Da Redação "Caros Amigos"
O candidato Tabaré Vázquez, do partido de situação Frente Ampla (FA), foi eleito o novo presidente do Uruguai no segundo turno das eleições, que ocorreu neste domingo (30). Segundo dados da Comissão Eleitoral uruguaia, Vázquez obteve 1 milhão, 226 mil  e 105 votos (53,6%), do total de 2 milhões, 321 mil  e 230 votos contabilizados. O resultado é expressivo e faz com que o candidato seja o mais votado do país em 70 anos. Seu adversário, do tradicional Partido Nacional, o conservador Luis Lacalle Pou, recebeu 939 mil e 74 votos (41,4%). 
Companheiro de partido do atual presidente, José "Pepe" Mujica, Vázquez já havia sido eleito presidente em 2005, quando colocou pela primeira vez o FA na presidência. Os mandatos presidenciais no Uruguai são de 5 anos sem reeleição. Somando as vitórias do partido desde as eleições de 2004, o FA irá completar 20 anos à frente do cargo em 2010. Nas eleições legislativas, Mujica garantiu um novo mandato como senador.
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro; da Argentina, Cristina Kirchner, e de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, usaram seus perfis no Twitter para parabenizar o candidato eleito pela vitória.

CPI do Trabalho Infantil apresentará relatório final na quarta-feira

1 de dezembro de 2014 - 19h24

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a exploração do trabalho infantil no país se reúne na próxima quarta-feira (3), às 14h30, para discussão e votação do relatório final dos trabalhos. O documento será apresentado pela relatora da CPI, deputada Luciana Santos (PCdoB-PE).

Instalada em setembro de 2013, a CPI realizou diversas audiências públicas, em Brasília e nos estados, para discutir temas como trabalho infantil doméstico, acidentes e mortes por trabalho infantil, combate ao trabalho de crianças no Carnaval e fiscalização do trabalho infantil.

A partir dos dados coletados ao longo dos debates e diligências, a relatora vai apresentar uma análise sobre a situação atual e propor medidas de combate ao problema.

Legislação atual
No Brasil, o trabalho é proibido antes dos 14 anos, e só pode ser feito em meio período com os adolescentes entre 14 e 15 anos, mas contratados como aprendizes.

Já os adolescentes entre 16 e 17 anos só podem trabalhar se tiverem vínculo empregatício formalizado (carteira assinada e a garantia de acesso aos diretos do trabalho) e, mesmo assim, desde que não estejam em ocupações proibidas pela lista tipificada das ocupações que oferecem perigo – emprego doméstico é uma delas, ou seja, não traz nenhum aprendizado e está proibido.

Fonte: Agência Câmara