quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Nossa história marcada por lutas, greves revoltas anti-ditaduras

É impressionante quando vemos que o que tentamos plantar ou então contribuimos com toda a plantação germinou, vemos varias pessoas que lutaram contra a ditatura, lutaram em seus tempos difíceis e fizeram e fazem história, e quando contam para nós, que, relativamente jovens escutamos atentamente para não perdermos tempo e construir a nossa história. Digo isso, pois, acabo de ver no portal vermelho um video da UNE, com o lançamento da pedra fundamental do prédio da UNE.
Para nós de Rio Claro isso é duplamente simbólico. Por mais que queiram descaracterizar o trabalho e participação do prefeito Altimari na UNE, não sabem o simbolismo que isso representa, não fazem ideia do que isso representa para todo Brasil.
Outro ser que saiu de nossa história, por mais que não tenha nascido em Rio Claro, mas se formou politicamente em nossa cidade é o Ex. presidente da UNE Augusto Chagas que aparece no vídeo e que tive a grata satisfação de participar de sua evolução no movimento estudantil desde a organização do processo na UNESP de Rio Claro, passar pela UEE-SP e chegar à presidência da UNE.
Quando vejo um video como esse, me da orgulho por continuar sempre lutando, sempre acreditando que podemos fazer história e podemos mudar a cultura política de nosso país, de nosso estado e de nossa cidade.
As pessoas só crescem porque são movidas por seus pensamentos ideológicos que saem de um contexto muito mais amplo, ou seja, a formação política partidária e/ou também a formação dos movimentos sociais. Isso fez o crescimento da UNE enquanto movimento social, isso faz o PCdoB enquanto Partido Político e assim vemos que o crescimento amplo de pessoas comprometidas com as causas do Brasil, crescem a cada dia. Parabéns para UNE, parabém a todos que fizeram e fazem parte desse processo.



Vídeo retirado do blog do vermelho - http://www.vermelho.org.br/tvvermelho/noticia.php?id_noticia=162781&id_secao=29

Carta dos 100: a história da divisão dos comunistas em 2 partidos

Há 50 anos uma carta assinada por 100 comunistas protestou contra mudanças estatutárias realizadas pela direção partidária sem o aval de um congresso. Começava aí um processo que levou a cisão dos comunistas brasileiros em dois partidos. Apesar da idade, a carta em “Defesa do Partido” – ou a “Carta dos 100” –, mostra-se atual por resgatar os princípios marxistas-leninistas. Confira agora a coprodução da Fundação Maurício Grabois e da TV Vermelho.



Em 1956 dois eventos deram início ao processo de divisão dos comunistas no país: a posse de Juscelino Kubitschek como presidente do Brasil e a realização, em Moscou, do 20º Congresso do PCUS (Partido Comunista da União Soviética).

“A corrente nacionalista, burguesa, ganhou muita força [com a posse de JK]. Todo aquele projeto do Juscelino de desenvolvimento da industrialização do país já vinha influenciando dentro do partido [o PCB]”, conta Dynéas Aguiar, veterano comunista.

Nesta época Krushov apresenta em Moscou seu relatório secreto contra Stálin. O documento cai como uma bomba no 20º Congresso do PUCS. O evento também inicia uma nova fase na história dos comunistas soviéticos, onde a linha reformista passou a dominar o partido.

Estes acontecimentos abriram uma grave crise no interior do movimento comunista mundial. Aqui se consolidaram duas tendências: uma reformista e outra revolucionária. Elas se confrontaram nos debates do 5º Congresso do PC do Brasil, em 1960.

Polêmicas

Em agosto de 1957, por resistirem às teses reformistas, João Amazonas, Maurício Grabois e Diógenes Arruda Câmara foram destituídos da Comissão Executiva do PCB. No início de 1958, a direção da época lança a “Declaração de Março”, adequando o PCB às diretrizes do 20º Congresso do PCUS.

Começou aqui a consolidação de tendências dentro do partido: uma reformista e outra revolucionária dentro do partido. Neste processo, os que discordaram das teses apresentadas pela direção foram duramente atacados e acusados de formarem um grupo antipartido.

Por fim, devido ao domínio que tinha sobre a máquina partidária, a grande influência de Luís Carlos Prestes e o apoio recebido do PCUS, a linha reformista prevalece no 5º Congresso. Porém, os delegados também reconduzem João Amazonas, Maurício Grabois, Diógenes Arruda, entre outros dirigentes históricos, ao Comitê Central.

O golpe ao 5º Congresso

A situação parecia ter se normalizado com a vitória de Prestes sobre seus principais contendores. Até que em 11 de agosto de 1961, o jornal Novos Rumos, órgão oficial do PCB, publica os estatutos e o programa que seriam registrados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Entre as alterações estava a mudança do nome da organização, que passava a se chamar “Partido Comunista Brasileiro” no lugar de “Partido Comunista do Brasil”. Dos estatutos ainda se retirou qualquer referência ao internacionalismo proletário, ao marxismo-leninismo e ao objetivo final: o comunismo.

As motivações da Carta

Para os militantes descontentes, esta foi a gota d’água. Decidiram então enviar uma carta ao Comitê Central, assinada por cem militantes, exigindo que se retirassem os documentos do TSE ou se convocasse um novo congresso para discutir as mudanças.

Segundo eles, “as mudanças feitas no nome, no programa e nos estatutos (...) objetivam o registro de um novo partido e, por isso, se suprime tudo o que possa ser identificado com o Partido Comunista do Brasil, de tão gloriosas tradições”. “Os militantes (...) não aceitarão que se liquide o velho partido, e a ele permanecerão fiéis, mantendo bem alta a bandeira de suas melhores tradições”, dizem trechos da carta.

Em resposta, a direção partidária começou a perseguir os principais autores da Carta dos 100. No final de 1961 e início de 1962, foram, sumariamente, expulsos João Amazonas, Maurício Grabois, Pedro Pomar, Carlos Danielli, Lincoln Oest, Ângelo Arroio, Calil Chade e José Duarte, entre outros.

Reorganização do PC do Brasil

Eles não aceitaram a decisão. Disseram que não poderiam ser expulsos de um partido ao qual nunca pertenceram: o PC Brasileiro. E se colocaram na tarefa de reorganizar o partido da classe operária: o PC do Brasil. Assim, em 18 de fevereiro de 1962, teve lugar na cidade de São Paulo uma conferência extraordinária do Partido Comunista do Brasil.

O evento aparentemente modesto revestiu-se de uma grande importância histórica para a esquerda brasileira. Poucos ainda tinham consciência da importância daquele “ato fundador”. Para muitos, aquela parecia obra de alguns poucos sonhadores, sem grande futuro.

Hoje o PCdoB conta com mais de 250 mil filiados, está presente em inúmeros movimentos sociais, acumula vereadores, deputados estaduais, federais e senadores de diversos estados, além de prefeitos e um ministro. A História parece ter dado razão àqueles que resistiram à onda liquidacionista e se mantiveram fiéis aos princípios do marxismo-leninismo.

Da Redação com a colaboração da Fundação Maurício Grabois.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Barcos do Brasil


Exposição sobre patrimônio assinala a inauguração da nova sede do Iphan, em Brasília
A abertura da exposição Barcos do Brasil marcará a inauguração da nova sede nacional, em Brasília, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), instituição vinculada ao Ministério da Cultura. O evento será realizado na noite desta terça-feira (30), a partir das 19h30, no Edifício Lucio Costa, na SEPS Quadra 713/913, Bloco D. A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, estará presente na solenidade. Horas antes – às 16h -, ela participará, no mesmo local, da reunião do Conselho Consultivo do Iphan, marcada para a avaliação do registro do Complexo Cultural do Bumba-Meu-Boi do Maranhão como Patrimônio Cultural do Brasil.

Com a exposição, será inaugurada a Sala Mário de Andrade, espaço destinado à realização de mostras com a temática do patrimônio brasileiro e que passará a integrar o circuito cultural da capital do país. A exposição ficará aberta para visitação pública, no período de 31 de agosto a 18 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 19h.

Segundo o presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, a nova sala presta uma justa homenagem a Mário de Andrade. “O escritor teve participação decisiva na criação e estruturação do Iphan, e as viagens etnográficas, realizadas no início do século XX, resultaram em documentação exaustiva sobre a cultura popular brasileira, reconhecidas, até hoje, como uma das mais importantes ações de preservação e valorização do nosso patrimônio”, destaca o dirigente.

Sobre a nova sede da instituição, Luiz Fernando de Almeida afirma que o local está “estruturado dentro da estratégia do Iphan de proporcionar a interação da comunidade com o patrimônio cultural, oferecendo espaços de uso público, como, por exemplo, a própria Sala Mário de Andrade e a Biblioteca Aloísio Magalhães”. A nova sede passará a funcionar como uma das Casas do Patrimônio, presentes em várias cidades brasileiras onde o Iphan atua.

Exposição

A exposição Barcos do Brasil apresentará ao público, pela primeira vez, 89 modelos de embarcações tradicionais do país que fazem parte da coleção Alves Câmara Século XXI. A mostra reúne modelos em escala 1:25 e fala sobre o patrimônio naval brasileiro, o trabalho do modelismo naval e o Projeto Barcos do Brasil, lançado pelo Iphan em 2008.

O objetivo do trabalho é sensibilizar os visitantes para a importância do reconhecimento e da preservação dos modos de vida, paisagens, técnicas tradicionais e embarcações que fazem parte do patrimônio naval brasileiro.

Inspiração

A Coleção Alves Câmara Século XXI foi tombada pelo Iphan, em 2010, como patrimônio nacional. É considerada um dos acervos de modelos de barcos tradicionais mais importantes do mundo. A inspiração veio da Coleção Alves Câmara original, composta por 42 modelos de barcos tradicionais brasileiros, encomendados em 1908 pelo então Ministro da Marinha, o Almirante Alves Câmara, aos estados brasileiros.

A confecção de réplicas começou em 2005 pelo Museu Nacional do Mar, em Santa Catarina, com o incentivo do navegador Amyr Klink e o apoio do Iphan. O trabalho tem a curadoria do arquiteto e urbanista Dalmo Vieira Filho, atual diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização do Iphan.

Cooperação intergovernamental

O Projeto Barcos do Brasil tem como objetivo a preservação e a valorização do patrimônio naval brasileiro, dos barcos tradicionais, dos homens e mulheres do mar, dos carpinteiros e artesãos, dos mestres e pescadores, da arte da navegação, da riqueza e da diversidade do patrimônio cultural.

O navegador Amyr Klink, incentivador da preservação do patrimônio naval brasileiro, é o patrono do projeto. Ele estará presente na cerimônia de inauguração da exposição.

Lançado pelo Iphan/MinC há três anos, o projeto baseia-se em uma cooperação intergovernamental que envolve vários ministérios, os quais, de alguma forma, possuem ações relacionadas com a temática do Patrimônio Naval e da sua preservação. São eles: ministérios da Cultura (MinC); Ciência e Tecnologia (MCT); Educação (MEC); Turismo (MTur); Defesa/Comando da Marinha (MD); Cidades; Trabalho e Emprego (MTE); Pesca e Aquicultura (MPA); Secretaria Especial de Portos (SEP/PR); o institutos Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

(Texto: Marcos Agostinho, Ascom/MinC)

domingo, 28 de agosto de 2011

PCdoB: Um partido de luta para enfrentar grandes desafios


Em todo o Brasil estão sendo realizadas as Conferências Municipais do Partido Comunista do Brasil. Até outubro acontecem também as Conferências Estaduais. O momento é propício para fazer um balanço da atividade partidária e traçar as orientações para o período imediato.
Por José Reinaldo Carvalho*

São grandes os desafios para o nosso PCdoB. O mundo vive dias turbulentos, com o agravamento da crise do capitalismo, que é sistêmica, profunda, extensa e duradoura, como advertiu o 12º Congresso e tem assinalado com freqüência o Comitê Central.

Guerras imperialistas de agressão aos povos arrastam-se, novos conflitos eclodem, mostrando a natureza do imperialismo, contrária às liberdades, à soberania das nações, aos direitos dos povos. Atualmente, estamos vendo aonde levam os crimes do imperialismo. Sob o pretexto de caçar um governante com o qual não simpatizam, os agressores imperialistas estão a provocar a destruição da Líbia onde já provocaram uma crise humanitária. O objetivo é apossar-se de um país rico em petróleo e estrategicamente bem posicionado.

Não nos iludamos, o Brasil não é um oásis de paz e tranqüilidade. As ameaças que pesam sobre povos de plagas distantes também pairam sobre nós, latino-americanos.

As receitas dos governos neoliberais e conservadores para a crise econômica são repetições de velhas fórmulas: mais espoliação dos trabalhadores e dos povos, a fim de salvar os lucros das transnacionais, do capital monopolista-financeiro.

Este cenário internacional deve ser levado em consideração no momento de discutir o partido e suas tarefas. Não há um só traço da realidade que se assemelhe ao mundo cor de rosa, de distensão, paz, vigência do direito internacional, harmonia entre as nações e respeito aos direitos humanos, presentes na propaganda dos serviçais do imperialismo na mídia, nos governos conservadores e nos partidos sociais-democratas.

Mais do que nunca, os trabalhadores e os povos precisam de partidos de oposição a este sistema, a este estado de coisas, de luta tenaz e frontal por uma nova ordem mundial. Um partido que seja capaz de levantar a bandeira da paz, com perspectiva anti-imperialista, solidário com os povos agredidos, defensor da soberania nacional, dos direitos dos trabalhadores. Um partido de esquerda, revolucionário, comunista, anticapitalista e anti-imperialista, com a mirada histórica voltada para a luta pelo socialismo.

Esses desafios se apresentam também na cambiante realidade latino-americana e nacional. O quadro político brasileiro faz parte das lutas, conquistas e avanços do movimento democrático e anti-imperialista em nossa região. O terceiro governo democrático e patriótico brasileiro, depois dos exitosos dois mandatos de Lula e tornado realidade com a eleição da presidente Dilma, precisa se fortalecer e consolidar para o país avançar na realização de transformações de fundo.

O debate sobre o partido leva em conta este cenário. Os comunistas reafirmam sua orientação de lutar pelo êxito do governo da presidente Dilma para fazer avançar as conquistas democráticas e populares, viabilizar medidas políticas e econômicas que assegurem o desenvolvimento nacional com valorização do trabalho e bem-estar social.

Este avanço depende da existência de um núcleo de esquerda forte, da unidade entre as amplas forças democráticas e populares, do desenvolvimento das lutas das massas populares e do êxito na realização de uma plataforma de combate pelas reformas democráticas estruturais: reforma política, dos meios de comunicação, reformas agrária e urbana, educacional, do sistema de saúde e tributária. O PCdoB deve atuar como pólo aglutinador e mobilizador dessas lutas, despertando a consciência e a organização do povo e promovendo sua unidade.

Sobre esse pano de fundo, o Partido organiza as suas conferências municipais e estaduais. Reafirma a sua identidade comunista, sua ideologia marxista-leninista, seu caráter de classe como partido dos trabalhadores, os seus objetivos programáticos, o rumo socialista e o caminho viável proposto pelo 12º Congresso de organizar a luta por um Novo Plano Nacional de Desenvolvimento. Mais do que nunca, é necessário agir de acordo com os princípios, basear-se no programa, ter descortino estratégico e tirocínio tático. Ao contrário do que pretende o senso comum, que supõe ser o momento propício para a despolitização, o espontaneísmo e o partido desideologizado, nunca precisamos tanto da ideologia e da grande política como agora.

Armado com esses princípios, o partido equaciona as suas tarefas organizativas mais urgentes: expansão das fileiras, estruturação de organismos de bases e intermediários, fortalecimento das direções, formação de quadros comunistas, planos políticos e de ação em todas as frentes – eleitoral-institucional, de massas, organizacional e da luta de ideias.

Na elaboração desses planos políticos e de ação, é indispensável debruçar-se sobre o cenário pré-eleitoral e traçar planos imediatos que resultem numa vitoriosa campanha eleitoral em 2012. O momento é de lançamento de pré-candidaturas, de intensa articulação política e eleitoral para obter apoios de aliados, de filiações amplas, de extensão das fileiras, de preparação das nominatas próprias a fim de eleger vereadores. Um vitorioso desempenho eleitoral do PCdoB em 2012 é passo decisivo para o fortalecimento dos comunistas como corrente transformadora no país.

As tarefas são múltiplas. O reducionismo é má companhia e mau conselheiro. Bom mesmo é o método recomendado pelo velho Mao: direção partidária coletiva e tocar piano com os dez dedos.

*Secretário nacional de Comunicação do PCdoB

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Parlamentares reúnem-se com ministra por mais verba para a cultura

A Frente Parlamentar em Defesa da Cultura encontrou-se nesta quarta-feira (24) com a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, para pedir ampliação do orçamento e acelerar a pauta legislativa do setor.

Foi a primeira reunião da ministra com a frente parlamentar. "A reunião serviu para intensificar nosso diálogo com o ministério. Mostramos nossas preocupações, agora faremos outros encontros para conhecer as prioridades da ministra", afirmou a deputada federal Jandira Feghali (PC do B-RJ), presidente da Frente Parlamentar.

Entre as preocupações da frente está a manunteção do programa Cultura Viva, que distribui pontos de cultura pelo país. Segundo a deputada, o projeto beneficia cerca de 8 milhões de pessoas e enfrenta dificuldades financeiras após o corte orçamentário do ministério.

Outro ponto levantado na reunião foi a relação entre cultura e educação --uma lei de 2008 institui o ensino obrigatório de música nas escolas e deu um prazo de três anos, que está quase no final, para a regulamentação.

Para a deputada, é necessário ainda um "esforço conjunto" para a aprovação das PECs (Projeto de Emenda à Constituição) 150 --que garante a vinculação de 2% do orçamento da União para a Cultura-- e 416, que cria o Sistema Nacional de Cultura.

Há ainda o projeto de lei que cria o Procultura. O projeto foi votado na Comissão de Educação e Cultura da Câmara e agora está na de Finanças e Tributação. O MinC, porém, levantou novos pontos, o que atrasou a votação. "Pedimos que o ministério resolva logo essas questões para que o projeto avance", afirmou a deputada.

Por fim, a frente parlamentar cobrou da ministra celeridade no envio do projeto de nova Lei do Direito Autoral ao Congresso. De acordo com a deputada, a ministra Ana de Hollanda afirmou que não tem mais controle sobre o cronograma, já que o projeto está sob avaliação do Gipi (Grupo Interministerial de Propriedade Intelectual).

Vários deputados e senadores, como Cristovam Buarque (PDT-DF) e Aloysio Nunes (PSDB-SP), estiveram presentes à reunião. A deputada Jandira Feghali afirmou que os próximos encontros serão feitos com o Ministério da Educação e o Ministério da Fazenda.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Amy morreu careta; repente brasileiro homenageia cantora


Nesta terça-feira (24), o porta-voz da família de Amy Winehouse, Chris Goodman, divulgou os resultados do exame toxicológico feito na cantora. Segundo o comunicado, não foram encontrados vestígios de droga no organismo de Amy, apenas álcool em quantidade insuficiente para causar a morte, que permanece inexplicada. Amy, que morreu em 23 de julho, é alvo de inúmeras homenagens. Entre elas está o repente de Edu Krieger: “rock n’roll pra valer foi Noel Rosa que partiu sem chegar aos 27”.



Além do repente de Edu Krieger, Amy também foi tema de uma série original de obras brasileiras sobre ela, com artistas como William Medeiros, Stegun, Viviane Yamabuchi e Edra, todas reunidas em uma exposição que aconteceu em um shopping de São Paulo.

Ninguém sabe a real causa da morte da cantora. A especulação de que ela teria sofrido uma overdose, depois de se drogar na noite de 23 de julho, parece estar descartada, já que o porta-voz disse que o exame não encontrou substância ilícita. Como o corpo foi cremado, não existe possibilidade de uma nova autópsia: tudo será definido com base no que foi recolhido na casa da cantora e o inquérito que vai apurar o que, de fato, aconteceu só deve sair no final de setembro.

De acordo com o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, é raro, mas a abstinência pode matar. “Durante a abstinência, a pressão pode aumentar, a pessoa pode ter taquicardia, tremores, ficar ansiosa, suar frio”, diz Andrade. “O grau máximo da abstinência é chamado de delirium tremens, em que o paciente passa a ter crises convulsivas.” O Delirium tremens pode ocorrer quando uma pessoa interrompe o consumo de álcool depois de beber por muito tempo. A falta de alimentação também pode agravar a situação.

Morte por abstinência é comum nos EUA

Segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, é mais comum em pessoas que tomam entre 4 e 5 doses de vinho ou até oito doses de cerveja por dia - durante vários meses. De acordo com Ana Cecília Marques, da Associação Brasileira do Estudo do Álcool e Outras Drogas, em torno de 5% dos pacientes podem desenvolver essa síndrome de abstinência grave.

Entre os sintomas, os pacientes podem sentir medo, sofrer alucinações, convulsões, dores no peito, febre e vômito. Em geral, esses sinais aparecem a partir de 72 horas após a retirada total do álcool do organismo. Estudos sugerem, porém, que eles podem ocorrer entre 7 e 10 dias após a última dose ingerida. Depois desse período, os sintomas pioraram progressivamente.

“Quando essas pessoas param de beber, acontece um ‘caos químico’ no sistema nervoso central. Além de alucinações e convulsões, o paciente também apresenta alterações no sistema cardiovascular e no sistema respiratório”, diz Ana Cecília Marques. “Antes, o cérebro do paciente havia desenvolvido uma tolerância ao álcool. Sem ele, tudo deixa de funcionar como deveria. A pessoa pode morrer por falência.”

Como procurar ajuda

Arthur Guerra de Andrade explica que, em casos de crise de abstinência séria, o paciente deve procurar um serviço de emergência, onde será atendido numa Unidade de Terapia Intensiva que tratará os sintomas com medicamentos anticonvulsivos, calmantes, entre outros. Sem a ajuda de um médico, segundo Ana Cecília Marques, dificilmente o paciente sobrevive.

Para quem deseja parar de beber, os médicos indicam a interrupção total da bebida alcóolica. A decisão, porém, deve ser acompanhada de perto por um especialista, capaz de controlar sintomas de uma possível complicação, como é o caso da síndrome de abstinência grave. O pai de Amy, Mitch Winehouse, disse que sua filha lutava contra o álcool havia anos e, quando morreu, estava completando três semanas sem beber. O resultado do inquérito sobre a morte da cantora britânica deve ser conhecido no dia 26 de outubro.

Fonte: Da redação, com agências

domingo, 21 de agosto de 2011

Oposição limpa, será que é dificil?

Lendo um artigo de Mauricio Caleiro, postado no blog de Altamiro Borges, foi como se estivessem falando de Rio Claro. Pois bem, Caleiro cita “... a estratégia do demotucanato, em conluio com a mídia, durante os oito anos em que Lula ocupou a Presidência: um jogo de derruba-presidente alimentado por denúncias semanais de corrupção.”. Qual era o maior interesse da queda de Lula? Em todo o momento a posição estava pensando no bem estar do país ou buscava apenas a queda do presidente para então ocuparem o poder? Aquela velha história de “o poder pelo poder”, que continua presente nos bastidores da política.
Caleiro lembra também que a prática é bem antiga, “... em maior ou menor grau, tanto o Getulio Vargas quanto Jucelino Kubitschek e João Goulart foram alvos de tais táticas – o primeiro com a imprensa toda contra si ..., JK atacado incessantemente por O Cruzeiro ... para quem Brasília era uma mera desculpas para engrossar a corrupção ... já João Goulart, para justificarem o golpe foi usado inúmeras vezes a palavra combate a corrupção...”.
Podemos observar que em Rio Claro não é diferente, possuímos uma imprensa forte e representativa, tendo 2 (dois) jornais diários, 2 (dois) semanários, sítos engajados e atualizados, além de TV, rádios e alguns blogs espalhados.
Um dos jornais é comandado por um ex-prefeito, que até então faz um jogo de “não é comigo e estou apenas relatando os fatos”, o outro o dono do jornal detém diversos imóveis na cidade e ainda por cima não paga os impostos corretamente (haja visto a queda na arrecadação do município) e mesmo assim transformaram o jornal em um folhetim que mais parece um zine do movimento Punk.
Já os sítios, podemos ver que temos um bem engajado e atento aos acontecimentos, porém talvez não seja devidamente ouvido.
Mas o crucial, e principalmente nesse novo momento de virada de século (já faz 11 anos que o século virou) temos um novo mecanismo utilizado por pessoas engajadas ou não em partidos políticos que colocam a suas posições pessoais ou defendem algum posicionamento coletivo.
Mas o foco dessa discussão é que, da mesma forma onde o jornalista e cineasta Maurício Caleiro cita no decorrer do seu texto onde ele diz que a imprensa quer pautar o novo governo Dilma e, deixando-se pautar, inicia uma grande faxina federal.
Em Rio Claro não é diferente, podemos analisar que o ex-prefeito Nevoeiro Jr. acaba por se engajar de fato, no que ele diz, na defesa de Rio Claro e no combate a corrupção, julgando e denunciando supostas práticas que possam estar ocorrendo dentro do governo Altimari. Pois bem, no inicio do governo a prática foi a mesma onde desde então já diziam que quem governaria Rio Claro seria Altimari, mas quem mandaria seria Olga Salomão.
Ou seja, o demotucanato já vem a um bom tempo atrás querendo desqualificar o novo governo coordenado pela Frente Progressista e a mídia por sua vez acaba dando pouco destaque aos feitos do Governo, gerando assim um descontentamento coletivo da população, que não consegue visualizar as obras e avanços de nosso município.
A ação orquestrada e fortalecida por alguns órgãos de imprensa resulta na desconfiança que neste momento é gerada com o fato do depoimento de Pedro Soares.
Agora, cá pra nós, não precisa ser um grande analista político para ver que o ex-prefeito, rejeitado nas eleições anteriores pelo voto do povo, sem nenhum golpe ou tapetão ou até mesmo pedidos de cassação (olha que oportunidade não faltou) venha a público através das redes sociais dizendo estar preocupado com o andamento do Governo e da mesma maneira que sempre tentaram e continuam tentando colocar partidos de centro e esquerda uns contra o outro, o ex prefeito alimentado pela teoria do caos, utiliza-se das mesmas práticas que seus mandatários estão executando para desgastar o governo Dilma.
Isso não me estranha nem um pouco, até porque, a disputa eleitoral é um jogo de poder, mas antecipar as eleições não acaba sendo salutar para a população e para a cidade, tendo em vista que as eleições já estão chegando e vejo uma grande oportunidade para os opositores, do atual governo, mostrarem que são melhores no desempenho político eleitoral. Enquanto isso, cabe usar muito da imaginação e fazer o que é o papel de vocês nesse momento, ou seja, oposição, mas que seja uma oposição limpa.

A criminalização do artista - Como se fabricam marginais em nosso país




Abril de 2011. A intolerância ao diferente apoiada por uma campanha de higienização social em Belo Horizonte, assume ares de politica repressiva de caráter criminal.

À administração municipal, policia militar e mídia se associam na tarefa de criminalizar o artista de rua, artesãos nômades portadores de um patrimônio cultural brasileiro que deriva da resignificação do movimento hippie das décadas de 60 e 70. Uma cultura com mais de 40 anos.

Mas quem criminaliza o estado?

Com expressões próprias na arte, na música e no estilo de vida, os artesãos são perseguidos, saqueados em seus bens pessoais e presos por desacato ao exercer a legitima desobediência civil.

Artigo 5º da Constituição Federal:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Mais informações: belezadamargem.wordpress.com

10ª Edição do Rock no Equinócio


Claustrofobia: A carreira e álbum novo em entrevista


O Claustrofobia, mais conhecidos como ‘Metal Malóka’ batalham na cena desde 1994 e é uma das banda de thrash da atualidade que melhor representa o país no exterior. Perto de encerrar as gravações de seu próximo álbum de estúdio, intitulado “Peste”, a banda concedeu uma entrevista exclusiva ao Whiplash!, contando desde seu início na cena até os dias de hoje, com a finalização de seu disco vindouro. Confira o que Marcus D’Angelo (guitarra e vocais), Alexandre De Orio (guitarra), Daniel Bonfogo (baixo e backing vocals) e Caio D’Angelo (bateria) nos contaram durante esse bate papo com a nossa redatora.

O que vocês acham que mudou na banda, em termos de técnica e composição, desde quando vocês começaram, em 1994, até hoje?
Marcus D’Angelo: Nossa, muita coisa! Musicalmente a gente já desenvolveu um estilo próprio de tocar e compor. Mas, na verdade, estamos nos desenvolvendo ainda, constantemente... A cada disco lançado damos um passo grande em relação a isso. E estamos perto do que sempre foi nosso objetivo, que é tentar fazer algo original, descobrir um som que seja nosso! Isso tudo sem contar o que a gente mudou pessoalmente... Aprendemos muito com todo esse processo, com as turnês, viagens e fases da banda. É uma evolução natural: a gente gosta da coisa e por isso vamos mudando com o tempo.

Já que estamos dando uma recapitulada na carreira da banda, eu gostaria que vocês comentassem brevemente álbum a álbum desde “Claustrofobia”, o primeiro, lançado em 2000.

Marcus: Bom, no “Claustrofobia” a gente ainda era tudo moleque e não tínhamos experiência nem nada, só muita vontade de tocar. Por isso o som nessa época nem era tão direcionado, tão a cara da banda. Já no seguinte, “Thrasher”, aí sim a gente já tava afiado nas composições e já tínhamos meio que definido os elementos que fariam parte da nossa música. Nele a gente se achou como banda.

Daniel: Por isso que tem muita gente que acha que ele é o que mais tem a cara do Claustrofobia, o que mais representa a gente.

Caio: Daí quando chegaram o “Fulminant” e o “I See Red” a gente desgraçou tudo, enchemos de fúria e agressividade! Quebramos tudo!

Marcus: Acho que no disco novo também foi assim! (risos)

Em minha opinião vocês já alcançaram um patamar bem legal na cena, tanto que no meu ranking pessoal de melhores bandas do Brasil hoje em dia, vocês estão entre os primeiros! Na opinião de vocês, dá pra conquistar um patamar ainda maior?

Marcus: Bom, acho que respeito a gente já conseguiu, mas ainda queremos cada vez mais conquistar mais público, chegar ao ouvido de mais pessoas, divulgar mais ainda nosso trabalho e assim evoluir a estrutura da nossa banda para podermos fazer um show melhor para o fã!

Caio D’Angelo: Acho que temos que continuar caminhando dessa forma, porque tudo acaba vindo na hora certa.

Marcus: Isso mesmo, tudo tem sua hora certa e não gostamos de dar passos maiores do que podemos. A gente curte fazer tudo com o pé no chão, o que é mais difícil, mas ao mesmo tempo mais concreto.

Vocês parecem ter uma base sólida de fãs na Europa, já que puderam tocar algumas vezes por lá. Como é a recepção da banda pelo público de lá?

Marcus: É bem legal. Cada lugar é de um jeito diferente, mas todos têm a mesma coisa comum que é curtir metal, e headbanger é tudo igual! Mas cada local tem a sua cultura: uns são frios, mas prestam atenção pra caralho na música, enquanto outros são mais selvagens. Mas o diferente mesmo é que na Europa tem mercado para o metal, as pessoas estão acostumada com a música pesada por lá. E quando a banda é brasileira, todo mundo fica mais curioso para ver o que vai acontecer.

Caio: E o legal é que a galera vai ao show para apoiar mesmo, compra os merchan... Eles apóiam qualquer que seja a banda que estiver tocando!

Daniel Bonfogo: E rola uma curiosidade dos caras lá em conhecer bandas brasileiras, por causa da selvageria que costuma ser o som daqui e isso, em minha opinião, é o que mais diferencia as bandas daqui das bandas de lá!

Marcus: Basicamente a diferença entre aqui e lá é a cultura e a situação financeira também! (risos)

Daniel: Se bem que dentro da própria Europa tem países que são muito diferentes uns dos outros. Tem aqueles que são de primeiro mundo, mas tem também uns que são bem Brasilzão, viu? Tipo Polônia, Romênia... Esse público do Leste Europeu é o que mais se parece com o nosso aqui!

Marcus: Aqui o público é maravilhoso! E todo mundo tá na correria: desde o público até as bandas! (risos) Mas isso é legal porque assim a gente aprende a dar valor para o que tem. Acho que se tudo caísse do céu, de mão beijada, o público nem o nosso som teriam a energia que têm. Sobre as diferenças ainda, aqui a gente já tem uma história maior construída junto com os fãs, lá fora ainda falta, a gente está plantando ainda!

Eu, como headbanger, penso que um dos maiores prazeres em se ter uma banda seja tocar ao lado de bandas que foram influência pros integrantes, e vocês com certeza já tocaram com grandes nomes. Dentre todas, qual foi a que mais marcou cada um de vocês?

Marcus: Nossa! Soulfly, Sepultura, Napalm Death com quem a gente tocou duas vezes e é uma banda que a gente é muito fã...

Daniel: Até o próprio Krisiun e outras bandas do underground que a gente curte e que gosta de tocar, como o Torture Squad.

Marcus: Cada show tem sua história, seu valor, mas é sempre foda tocar com bandas que você curtia quando era moleque.

Mas tem alguma banda que vocês ainda sonham em tocar junto, tipo o meu em tocar com o Coroner? (risos)

Daniel: Slayer!

Marcus: É! Slayer, Motorhead, Iron Maiden, Metallica!

Já que vocês tocaram no assunto agora há pouco, eu queria que vocês falassem sobre como foi tocar com o Soulfly logo no começo da carreira de vocês, uma vez que, pelo menos pelo que eu percebo no som do Claustrofobia, vocês parecem ter bastante influência deles e do Sepultura.

Marcus: Foi do caralho! Na época nós ainda nem tínhamos CD lançado! Mas foi uma oportunidade que apareceu, acho que por já termos uma certa correria na cena: a galera já conhecia, já tínhamos uma demo bem falada e através de uma indicação, rolou! Muita gente acha que a gente pagou, mas a verdade é que a banda nunca pagou pra tocar. Foi do caralho a gente lá, tudo moleque, vendo o Max. Foi um show importante!

Caio: Tem gente que conheceu e lembra da gente até hoje por causa desse show.

Vocês já participaram de vários programas de TV há alguns anos, como o Musikaos, o Riff e o Fúria MTV e hoje em dia quase não temos programas em canais abertos para o gênero.

Caio: Com certeza seria bom que ainda tivesse. Seria melhor!

Marcus: Mas para esse tipo de coisa teria que ter alguém que tivesse culhão, que desse o sangue mesmo pra fazer isso acontecer pro metal. Se bem que hoje em dia com a Internet, tudo ficou mais fácil, todo mundo pode postar e ver o que quiser sobre as bandas, então não acho que perdemos muito!

Agora vamos falar um pouco sobre o novo álbum que está sendo gravado, “Peste”. Vocês divulgaram uma nota à imprensa recentemente anunciando que esse disco seria todo cantado em português. É claro que vocês já vêm fazendo isso em uma música ou outra há muito tempo, mas como decidiram fazer um CD inteiro com letras em português?

Daniel: Não foi do nada que pensamos em fazer algo do tipo. Não chegamos um dia um pro outro e dissemos “E se a gente fizesse um disco em português?”. Essa é uma idéia que temos faz muito tempo, mas que fomos alimentando até chegar no “Peste”, quando a gente achou que seria a hora certa.

Marcus: Bom, o motivo que levou a gente a gravar assim é bem simples: fazer algo especial para os fãs brasileiros. A nossa intenção cantando em português é fazer com que eles se sintam representados quando ouvirem as músicas. Foi uma forma que encontramos de homenagear a galera brasileira que curte a gente.

Daniel: Não só o pessoal do Brasil vai sentir isso, mas acho que todo o pessoal dos países latinos.

Vocês acham que esse diferencial pode ter um apelo comercial diferente nos países estrangeiros?

Marcus: Olha, eu acho que nada no lance comercial vai mudar. Tipo, nenhuma gravadora vai desembolsar uma grana maior e investir mais pesado por causa disso, sabe? Mas eu acho sim que as pessoas lá fora vão gostar, porque sem dúvida vai ser uma coisa diferente pra eles. Mas eu quero deixar claro que não foi uma coisa que planejamos, não foi intencional soar diferente pra atrair mais fãs. Como nós falamos, foi algo natural, a gente quis fazer assim e pronto.

Daniel: Eu concordo. Na Europa, quem se liga bastante nesses elementos diferentes é o pessoal da Finlândia.

Quando leio e ouço as letras do Claustrofobia, eu percebo que quando as letras são em inglês, vocês falam mais sobre temas políticos, sobre o quanto estão indignados com muito do que vem acontecendo por aí. Mas quando as letras são em português, acho que elas soam com um tom mais pessoal, quase que intimidando, ‘chamando pro pau’ seus inimigos, como na “Tiro de Meta”, que vocês falam algo do tipo “Vai tomar chute no cu porque é vacilão!”. Já que esse álbum vai ser todo em português, podemos esperar algo mais puxado para esse último exemplo?

Marcus: Verdade isso que você falou! (risos) Mas acho que no disco novo a gente conseguiu colocar um pouco de tudo nas letras. As músicas são em português, mas não vamos ficar só nesse ‘tom mais pessoal’. Como eu disse, tem um pouco de tudo! Tem protesto, tem indignação, tem desabafo... Olha, vou te falar que eu acho que esse vai ser o álbum com as letras mais legais! Foi muito legal compor cada uma das letras e tal!

Caio: Sem contar que a gente se sentiu um pouco mais a vontade pra escrever, porque a gente ta compondo na nossa língua materna.

Daniel: É, em português fica muito mais fácil de vocês botar tudo pra fora, de se expressar.

Ainda falando sobre o conteúdo lírico, eu peguei para analisar algumas composições de vocês e pude perceber como elas são atuais e condizem com muita coisa que vem acontecendo pelo mundo, como na “Natural Terrorism” que narra a natureza se voltando contra o homem e percebi que pode ser aplicada em várias situações recentes, inclusive na tragédia do mês passado no Japão...

Caio: É, a gente simplesmente relatou coisas que já vêm acontecendo faz tempo e agora estão se agravando, ficando cada vez pior, muitas vezes por causa do homem, que destrói tudo em troca de grana e poder.

Eu lembro que li no encarte de “I See Red” que ele foi gravado em apenas catorze dias. Vocês diriam que “Peste” está indo no mesmo ritmo?

Marcus: Se duvidar está até mais rápido! (risos) Já praticamente terminamos as gravações. A gente já chega no estúdio quebrando tudo!

Quais são os planos futuros da banda?

Marcus: Terminar o “Peste”, mas continuar divulgando o “I See Red”. A gente ainda precisa trabalhar melhor em cima desse disco.

Alexandre De Orio: Além disso, continuar tocando, fazendo o máximo de shows possível.

Tem algum lugar que vocês não tocaram ainda, mas gostariam?
Marcus: Sim. Além de lugares como Estados Unidos, temos várias cidades aqui no Brasil que ainda não tivemos oportunidade de ir.

Alexandre: Isso mesmo, como Belo Horizonte, Porto Alegre...

Daniel: No sul a gente tocou bem pouco mesmo. Mas isso não desanima, porque tem vários outros lugares que a gente tocou e os shows foram incríveis.

*Matéria retirada do site: http://whiplash.net/materias/entrevistas/128374-claustrofobia.html

Ex-combatente confirma uso de injeção letal no Araguaia


Um ex-policial militar que combateu na Guerrilha do Araguaia (1972-1974) afirmou que ouviu de Walter da Silva Monteiro, um médico militar aposentado de Belém (PA), que a aplicação de injeções letais era um "golpe de misericórdia" em guerrilheiros comunistas combalidos pela tortura e maus tratos.

É o quinto ex-combatente do conflito que reconhece o coronel da reserva do Exército como sendo o "capitão Walter", médico que atuou na guerrilha. No domingo passado, o jornal Folha de S.Paulo publicou os relatos de outros quatro ex-soldados que reconheceram Monteiro por meio de foto.

Dois ex-combatentes, em gravação feita pelo grupo do governo federal que procura ossadas do conflito, levantaram a hipótese do uso das injeções pelo médico. Eles diziam, no entanto, que só tinham ouvido falar na relação entre Monteiro e as mortes pelo método químico. Já Josias Souza, 59, afirmou que o próprio coronel comentava sobre a vantagem das injeções.

"Ele próprio [dizia]: 'Vamos evitar uma bala, que custa mais', e aí acho que tinha um tom de brincadeira com vidas humanas, 'e vamos fazer isso de forma mais suave'", disse o ex-soldado.
Procurado pela Folha, Walter da Silva Monteiro negou ter participado da guerrilha. Afirmou que, no período, estava em Belém.

Souza -que aceitou dar seu nome, mas não mostrar seu rosto em vídeo gravado pela reportagem- estava no final de sua adolescência quando chegou, em 1974, na região do Araguaia. Após mais de um mês combatendo na selva, passou a trabalhar na base de Xambioá (TO), onde conviveu com o "capitão Walter".

Lá, afirmou, ajudou a retirar da enfermaria 17 cadáveres de guerrilheiros. Os corpos eram enterrados em covas verticais, cavadas pelos próprios presos, ou jogados, de helicóptero, em uma cachoeira no meio da mata.

Ele acredita que ao menos parte dessas pessoas foi morta com as injeções, chamadas de "mercadoria". Souza disse não ter presenciado as aplicações, mas chegado "no final do capítulo", "porque não se ouvia naquele momento tiro, e o comentário dos oficiais e a ordem [era] de conduzi-los [os cadáveres] a um local para que fossem colocados outros [guerrilheiros]" na enfermaria da base.

O ex-combatente hoje sofre de depressão, e diz ser incapaz de esquecer os gritos dados por guerrilheiros que eram torturados. "Até hoje isso me machuca muito. Eu tenho sofrido muito nas minhas noites, porque fica arquivado. O pior juiz fica dentro da nossa própria cabeça", disse.

Fonte: Folha de S.Paulo

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Festival de Foclore


Apresentações de grupos de dança e música de Rio Claro, numa grande celebração ao Dia do Folclore, que é comemorado em 22 de agosto.

Data: 18 e 19 de agosto
Local: Jardim Público (Largo do Coreto)
Com início às 18h

Haverá apresentação também do grupo formado na Oficina Brincadeira do Boi com o enredo do Batizado do Boi Pretinho e Show musical com Balaio de Paiá.

Realização: Néctar - Núcleo de Cultura Popular

Apoio: Secretaria Municipal de Cultura de Rio Claro

quarta-feira, 17 de agosto de 2011


AS PONTES DE MADISON

Adaptada para o teatro, história de amor entre fotógrafo da national geographic e dona de casa de pequeno condado americano restitui a fé no amor verdadeiro.


A emocionante história de amor entre Francesca, interpretada por Mayara Magri, e Robert, interpretado por Flávio Galvão, em As Pontes de Madison, terá sua reestréia em São Bernardo do Campo. A epopéia traz Francesca, uma mulher casada que se envolve com um fotógrafo da revista Nacional Geographic e que vai até o condado de Madison, em Iowa, nos USA, registrar imagens das famosas pontes cobertas.
O encontro entre Robert e Francesca dura apenas quatro dias, mas a paixão é tão avassaladora que as suas vidas se modificarão para sempre. O que importa é o sublime e a poesia do encontro entre duas almas e não o tempo de duraçao. A separaçao é a renuncia para que o amor não esmoreça, pois os protagonistas vivem em realidades muito diferentes.

A história é contada em flashbacks a partir da leitura dos diários de Francesca, quem revela essa passagem de sua vida, encontrados por seus filhos de sua morte. é através dos filhos que o público vai descobrir os segredos do romance.
Escrita em 1992 por Robert James Waller, o Best seller foi levado ao cinema por Clint Eastwood, que ao lado de Meryl Streep, encantou espectadores do mundo todo em 1995. A emoção é a tônica que move a peça. Robert conhece o mundo e tem grande intimidade com o ser humano e com a natureza. é muito feliz e sempre colocou a sua liberdade em primeiro plano. Entusiasma-se com a segurança que Francesca lhe oferece. Ela, por sua vez, se encanta com o espírito libertador do amante, pois abandonou a sua profissão para cuidar da casa e da família.

A montagem brasileira tem adaptação de Alexandre Tenório e direção de Regina Galdino, que convidou atores de talento reconhecido por personagens diversificados no Teatro e na TV, e que tem a sensibilidade necessária para viverem o fotógrafo e a dono de casa italiana.
Esse grande sucesso do cinema só ganhou adaptação na França, com o ator Alain Delon. O Brasil foi o primeiro país das Américas a encenar o Romance.
A obra deve suscitar reflexões entre os jovens e pessoas de meia idade, uma vez que todos passam pelos questionamentos propostos pela obra. Como poucas pessoas encontram um amor verdadeiro, de complemento e sem cobranças, o espetáculo tem ingredientes para emocionar o espectador.

Ficha Técnica

Autor: Robert James Waller
Tradução e Adaptação: Alexandre Tenório
Direção: Regina Galdino
Elenco: Flávio Galvão, Mayara Magri, Marcos Damigo e Adriana Londoño
Cenário: Marco Lima
Figurinos e Visagismo: Fábio Namatame
Iluminação: Ney Bonfante
Música Original: Mario Manga
Preparação Corporal: Johannes Freiberg
Assistência de direção: Paulo Rogério Lopes

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dilma reafirma que governo punirá corruptos

15 DE AGOSTO DE 2011 - 17H03

Durante discurso na cerimônia de posse do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nesta segunda (15), a presidente Dilma Rousseff mostrou-se firme na defesa de uma Justiça “eficaz, célere e senhora da razão”. Gurgel diz que denúncias de corrupção terão prioridade no Ministério Público.

No rápido pronunciamento, Dilma enfatizou que a recondução de Gurgel para mais um período à frente da PGR “é mais uma expressão da maturidade de nossa democracia e solidez e nossas instituições”.

Garantiu aindaque a indicação de Gurgel recebeu ampla aprovação do Congresso Nacional: “Estará [Roberto Gurgel] sim, por mais um período, exercendo um importante papel nesta luta de todos nós em prol dos direitos constitucionais".

Reafirmou o compromisso do seu governo com a punição aos corruptos: "Onde ocorrerem maus feitos, onde o crime organizado atuar, nós vamos combater com firmeza, utilizando todos os instrumentos de investigação e punição de que o governo dispõe. Mas, ao mesmo tempo, tenho o dever de afirmar que farei tudo o que estiver ao meu alcance para coibir abusos, excessos e afrontas à dignidade de qualquer cidadão que venha a ser investigado. Meu governo quer uma Justiça eficaz, mas sóbria e democrática."

Dilma afirmou que o Brasil "é um país de bem, de pessoas honestas, que vivem do fruto do seu esforço pessoal, que abominam o crime e prezam a legalidade".

Operação Voucher

Na prática, Dilma referia-se aos recentes episódios desencadeados pela Operação Voucher, que resultou na prisão de 36 pessoas a partir de investigação sobre possíveis irregularidades em convênios firmados no âmbito do Ministério do Turismo.

“Temos excelentes motivos para confiar em nossas instituições. Igualdade de todos perante a lei. A PGR, com sua autonomia, tem papel fundamental a cumprir. Desejo muito sucesso ao procurador-geral da República em seu novo mandato. Muito obrigada.”

Após a cerimônia de posse, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, conversou com a imprensa e reiterou o compromisso do Ministério Público em agir de forma independente e com interação com os demais órgãos de controle. “O Ministério Público jamais se furtará a processar quem quer que seja”, disse.

Questionado pelos jornalistas sobre o vazamento de fotos de presos da Operação Voucher da Polícia Federal, ocorrido na última sexta-feira (12), Gurgel afirmou que o caso “é absolutamente inaceitável (…), deve ser apurado e os responsáveis, punidos”.

Gurgel disse que as investigações sobre esquemas de corrupção nas pastas do Turismo, Transportes e Agricultura serão prioridades na atuação do Ministério Público. "São todos temas que vão merecer a atenção prioritária da Procuradoria Geral da República".

“O discurso da presidente, ao me ver, realça que neste país nós temos que ter rigorosamente observados os diretos daquelas pessoas que são investigadas. E naquele episódio, especificamente, não há dúvidas de que os direitos não foram adequadamente observados”, disse.

O procurador também fez uma avaliação sobre impunidade. Na avaliação dele, a ideia de que a impunidade vem crescendo no Brasil não é verdadeira. "Não é a avaliação que faço. Eu acho que nós caminhamos bastante contra a impunidade, que é uma luta que não permite descanso, não permite trégua. Nós temos que continuar trabalhando para que essa luta se transforme em fato”.

Ainda com relação à Operação Voucher, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também comentou o episódio. Segundo Cardozo, sempre que for constatada uma situação de abuso de poder e de ilegalidade, deve-se punir com rigor.

“Mas, repito, uma coisa é o trabalho e a importância da Polícia Federal, que são indiscutíveis, outra coisa é o abuso que, por vezes, um ou outro agente, um ou outro servidor, podem efetuar”, afirmou.

Redação do Vermelho com informações do Blog do Planalto, atualizado com novas informações às 18h30

sábado, 13 de agosto de 2011

Lei 10.639

Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.

Mensagem de veto Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o A Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes arts. 26-A, 79-A e 79-B:

"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.

§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras.

§ 3o (VETADO)"

"Art. 79-A. (VETADO)"

"Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia Nacional da Consciência Negra’."

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182o da Independência e 115o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

PCdoB de Rio Claro realiza conferencia no próximo sábado (13)

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) de Rio Claro, realizará no próximo sábado (13) a conferencia municipal. Trazendo para a discussão a conjuntura municipal, estadual e nacional, o partido também terá a seguinte Ordem do Dia:

1 - Discussão e deliberação do documento sobre Projeto de Resolução Política e da atuação partidária;

2 - Balanço das atividades da direção municipal e eleição de delegados(as) à Conferência
Estadual;

3 - Estabelecimento do número de membros e eleição da nova direção.

4 - Eleição de delegados à Conferência Estadual

A Direção do PCdoB municipal, na gestão 2009-2011, composta por Luiz Curinga (Presidente) , Edison Rodrigues (Secretario de Organização), Rafael Cavello (Secretario de Finanças), Guilherme Serapião (Secretario de Formação), Leonardo Patrocínio (Secretario de Comunicação) e Rene Mainardi (Secretario de Cultura); avalia a gestão como positiva e que, segundo o presidente, “conseguiu colocar o partido em evidencia e demonstrar o caráter sério que o partido representa em âmbito nacional, além de ampliar o foco de atuação social do partido”.
Para a Conferencia Municipal, o PCdoB ampliara a direção e também estará caminhando para fechar a chapa de candidatos ao poder legislativo. Confiante a direção do PCdoB adianta que o partido surpreenderá nas próximas eleições.

sábado, 6 de agosto de 2011

Claudio de Mauro se posiciona em relação ao "Golpe" proposto pela comissão processante.

Prezados amigos e Prezadas Amigas,
Penso que não poderemos silenciar diante dos acontecimentos e da tentavia de cassar o mandato popular do Prefeito Du Altimari e da Vice Prefeita Olga Salomão.
Não comungo inteiramente com os procedimentos da atual administração. Mas, penso que os interesses que estão por trás da tentativa de cassação são maldosos e assumidos por setores predadores da política rioclarense.
Principalmente nos momentos de crise, temos que pensar no interesse da comunidade, acima de todas as divergências que possam existir.
Peço licença para me manifestar e ficarei agradecido se repercutirem.
Grato pela compreensão. Abraço amigo do,
Cláudio Di Mauro

RIO CLADO, QUERIDA CIDADE AZUL
Cláudio Antonio Di Mauro
Prefeito de Rio Claro de 1997 até 2000 e de 2001 até 2004


Tenho acompanhado com muita apreensão e preocupação os recentes acontecimentos políticos e o embate entre a Câmara Municipal de Rio Claro e o Executivo, representado pelo Prefeito e pela Vice Prefeita.

A Câmara constituiu uma comissão processante para analisar a possibilidade de punir o Prefeito e a Vice Prefeita, com risco inclusive de cassar seus mandatos, conquistados legítima e democraticamente em disputa eleitoral, pelo voto popular. Aparentemente, está tudo armado para o desfecho da cassação no Legislativo.

Peço licença para manifestar minha mais absoluta discordância com tal procedimento.

Não tenho dúvidas que em algumas circunstâncias, por atitudes corruptas e por mácula à fé da população, cabem situações de cassação de mandatos.

Não é o caso que se configura em Rio Claro.

Há sim uma disputa política, o que não é suficiente para desencadear processos com virulência e tantas conseqüências negativas para Rio Claro e sua cidadania.

É compreensível e salutar o contraditório, as posições e oposições fazendo parte dos processos democráticos. Tais disputas acarretam mobilizações populares, ações na justiça, disputas eleitorais, esses são os limites democráticos impostos para os embates políticos.

Os embates na Câmara Municipal também são legítimos, ainda que recrudescidos. Mas a tentativa de realizar “conchavos” para exterminar mandatos populares, isso está fora dos propósitos da boa fé e da justiça. Essa tentativa somente teria respaldo, se viesse acompanhada de provas de corrupção e arbitrariedades. Não é o caso.

Pode-se discordar da condução administrativa dos governantes, mas, não há como duvidar da honestidade e dedicação do Prefeito e da Vice-Prefeita.

Mais do que isso, certamente os arquitetos dessa tentativa de cassar Prefeito e Vice Prefeita sabem que, mesmo vitoriosos no âmbito da Câmara Municipal, terão seu pleitos barrados na Justiça. Não há chances de prosperar uma tentativa que não possua embasamentos e substâncias plausíveis para se falar em cassação.

Prevejo que:
- A Câmara terá sua imagem maculada pela decisão judicial, contrária em relação às pretensões, caso consiga as pretendidas cassações no legislativo;
- Rio Claro se destacará, outra vez, nos noticiários estaduais e nacionais, mostrando a pior face, afetando a auto estima de nossa população;
- Problemas municipais que precisam ser equacionados para atender o bem público ficarão relegados, nas disputas jurídicas e políticas, sem bons desdobramentos;
- O Prefeito e a Vice Prefeita terão suas imagens éticas “sangradas”, mas, o que isso trará de bom e de benefícios para os “pelejadores” ?
- Tais pelejas possuem o “odor” da vingança, o que não é compatível com o estado da evolução das sociedades humanas. Péssimo exemplo para nossas crianças e juventude.

Com que intenção se atua dessa maneira inconseqüente ? Agir dessa maneira, em nada explicita amor pelo lugar, pela nossa Cidade Azul. Estamos vendo o uso de pessoas e da pouca experiência de alguns, para a sedução com a lisonja, com o veneno do egoísmo, do oportunismo e das ambições inconfessáveis.

Este é o momento das forças conseqüentes, amadurecidas que de fato amam Rio Claro se unirem para remover a disputa dos interesses eleitoreiros que estão expostos e que até poderão ter legitimidade para aflorar no próximo ano.

Não importa se haja concordância com os procedimentos e método de trabalho do Prefeito e da Vice Prefeita, acima de tudo está o interesse de proteger Rio Claro e sua população.

Não podemos permitir que seja imposta uma situação vergonhosa, outra vez, para Rio Claro e seus cidadãos.

Será mais digno que esses setores da oposição ao atual governo se organizem para a disputa eleitoral do próximo ano. Se for o caso, ganhem no voto popular o poder de administrar Rio Claro, na disputa eleitoral. Depois, se ganharem, que sejam íntegros, honestos e eficientes, pensando apenas no interesse público.

Precisamos preservar Rio Claro. Precisamos elevar a estima de nossa população.
Isso sim será agir com decência e dignidade. Isso sim será fazer política renovada e competente neste Terceiro Milênio.