As pré conferencias de Cultura mostraram que a ansiedade de todos ainda continua. O mais interessante é que o coro se une em dois principais objetivos, sendo eles, a criação do Conselho de Política Cultural e do Fundo Municipal de Política Cultural, que serão espaços avançados e ampliados, podendo ter como resultante um maior financiamento para a Cultura, além de ampliar a construção democrática do projeto cultural de nossa cidade.
É mais do que necessário ampliarmos o debate para que possamos tomar rumos mais acertados para a nossa cultura. Vejam vocês o Sistema Nacional de Cultura, que vem criando corpo a cada dia com o avanço da consulta pública do Plano Nacional de cultura. Isso nos mostra que em âmbito nacional, o processo está avançando e em Rio Claro esse processo se inicia com brilhante participação popular. Podemos observar a participação popular nas pré conferencias, tivemos um público considerável e atuante, foram mais de 200 pessoas debatendo e apresentando propostas para que a política cultural avance muito mais em nosso município.
O debate principal ficou com relação ao projeto de Lei Cultura Viva, onde os convidados Cris Lafayete e Alexandre Santini explanaram com clareza o objetivo da lei que pretende revolucionar o processo cultural no País, fortalecendo assim o laço de nosso município com um projeto maior de política pública para a cultura.
É notório que para construir uma sociedade mais justa e igualitária, partindo como princípio a cultura, é muito difícil em um País que a saúde e a segurança são grandes complicadores. Porém mais difícil ainda é reconstruir um projeto de política pública, até porque tivemos um atraso em nossa cultura. Nós, cidadãos de bem, fomos obrigados a não ter direito a cultura durante longos 4 anos de existência política administrativa de um grupo que porr infelicidade acabou tendo êxito eleitoral em 2004, anulando assim o processo cultural do município no período de 2005 à 2008.
É lamentável lembrar que caminhávamos com grande força e unidade para a formação de um conselho de cultura em nosso município e por motivos continuo das eleições, a administração que assumiu naquele momento achou por bem não dar continuidade nos avanços democráticos que a cultura estava conquistando, tentando dessa forma, anular a participação popular e dos segmentos culturais de nosso município O mais impressionante foi assistir esses quatro anos acabarem, mas o triste foi presenciar e estar participando da tentativa de reconstrução desse processo, onde o seu aliado passa a ser seu adversário, sabem como é, aquele fogo amigo que existe em todos os lugares. Mas avançamos na construção, ou melhor, estamos avançando. Fizemos parceria, aglutinamos aliados, afirmamos os inimigos e continuamos a fazer nosso papel sem perder o foco.
Temos clareza que a cada dia que se passa, mais próximo nossa cidade fica de concretizar o tão sonhado conselho municipal de cultura, que hoje acaba por ser chamado de Conselho Municipal de Política Cultural. Essa denominação tem como fundamento um progresso na ótica de encarar a pasta da cultura como uma ferramenta de transformação social, não apenas como uma cultura eventual, traduzida em seus grandes shows e espetáculos de grandes nomes de nossa cultura nacional, mas a nomenclatura adotada, foca em um grande planejamento ampliando as áreas, grupos, segmentos e instituições públicas, que por sua vez, sintam-se parte dessa transformação.
Por fim o que mais anima e nos da esperança é que a partir de então, é fato e muito próximo que está chegando o grande dia e ao que se vê, teremos muito mais do que o avanço da criação de um Conselho Municipal de Política Cultural. Mas para isso é mais do que necessário a participação da população, imprensa, produtores culturais, artistas, músicos, pensadores, poetas, escritores, palhaços, malabaristas, enfim, até mesmo aqueles que vão ao cinema, teatro apenas como espectadores, afinal de contas, o que seria do artista sem o público para aplaudir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário